Capital: Zagreb
Cidades principais: Zagreb (706.770), Split (189.388) e Rijeka (167.964)
PIB: 80, 334 mil milhões
Moeda: Kuna
IDH: 0.805 (47º)
Idioma: Croata
A República da Croácia (Republika Hrvatska), localizada no centro-sul da Europa, foi fundada na primeira metade do século VII. O território conhecido hoje como Croácia é habitado desde a Pré-História, mas obteve independência (da Iugoslávia), apenas no dia 8 de outubro de 1991.
Geografia: a Croácia faz fronteira com diversos países: Eslovênia, Hungria, Sérvia, Montenegro e Bósnia e Herzegovina, além de uma fronteira marítima com a Itália.
Religião: 78% da população são croatas e sua religião é o catolicismo e 12% de sérvios são cristãos ortodoxos. Existe ainda uma pequena comunidade muçulmana.
Culinária: pizza é muito popular no país (pela proximidade com a Itália), mariscos e a comida típica é o brodet, peixe guisado com arroz.
Futebol local
A Prva HNL, ou primeira divisão
croata, foi disputada pela primeira vez em 1992, um ano depois que o
país se desvinculou da Iugoslávia e formou a Liga de Futebol
Croata, que é controlada pela Federação Croata de Futebol.
O formato do principal campeonato de
futebol do país mudou algumas vezes, mas o que não muda é a
hegemonia do Dinamo de Zagreb, o gigante do futebol local. São 15
títulos da primeira divisão da Croácia e 12 Copas Croatas em 22
temporadas disputadas. Outro fato que mostra a superioridade do
Dinamo sobre seus rivais é a convocação de três jogadores do
clube, o único croata que cedeu mais de um atleta para a seleção
nacional.
O estádio do time da capital é o
Maksimir, com capacidade de 38 mil torcedores, também casa da
Seleção da Croácia em boa parte de seus jogos. Apesar da menor
capacidade, 35 mil lugares, o mais moderno estádio do país é o
Poljud, do Hajduk Split, segunda força croata e maior rival do D.
Zagreb.
Trajetória para chegar ao Brasil
A Croácia já participou de três
mundiais 2006, 02 e 98, sendo este sua melhor participação, com um
3o lugar. Comandada por Davor Šuker, artilheiro daquela Copa com
seis gols, a seleção da camisa quadriculada fez história ao
eliminar a Alemanha por 3 a 0 nas quartas de final, perder para
França por 2 a 1 na semi final e triunfar sobre a Holanda pelo
placar de 2 a 1 na decisão do terceiro lugar.
Nas Eliminatórias Europeias para Copa
de 2014 a seleção croata teve dois momentos totalmente distintos.
Nos seis primeiros jogos foram cinco vitórias e um empate e a
sensação de disputa acirrada pelo primeiro lugar, que da
classificação direta ao mundial, contra a Bélgica que possuía
campanha idêntica. Os últimos quatros jogos foram desastrosos: três
derrotas e um empate. O resultado foi uma segunda colocação
apertada - nove pontos atrás da Bélgica e três na frente da
Sérvia, que havia somado apenas quatro pontos nas seis primeiras
rodadas - e consequentemente a obrigação de disputar a repescagem.
"Decidimos colocar um fim no nosso
contrato com Igor Stimac e nomear Niko Kovac como selecionador
interino para os dois próximos jogos. Esperamos que ele continue
depois desses jogos, quer nos qualifiquemos ou não para o Brasil",
dizia a nota oficial emitida pela Federação local.
Outra consequência do fim instável na fase de chave de grupo das Eliminatórias foi a troca de técnicos. Niko Kovac, aposentado desde 2009 e capitão da seleção da Croácia de 2004 até o fim de sua carreira como jogador, assumiu como treinador interino, classificou sua seleção para Copa e permaneceu no cargo.
O sorteio para repescagem foi
''gentil'' com os croatas. Duelo de ida e volta contra a Islândia,
teoricamente a seleção mais fraca daquela fase. Fora de seus
domínios um empate magro sem gols, e no estádio Maksimir, em
Zagreb, obrigação concluída: triunfo por 2 a 0 e passagem para o
Brasil garantida. Os heróis da classificação foram Mandzukic e
Srna, pilares que juntos com Modric trazem requintes da famosa
categoria iugoslava.
Logo após a festa da classificação
veio uma triste notícia. Por gestos e cânticos nazistas no momento
da comemoração, ainda no estádio com a torcida croata, o zagueiro
Simunic foi suspenso pela FIFA por dez jogos e foi cortado da Copa do
Mundo no Brasil.
Davor Louitch, jornalista esportivo da
Hrvastka Radio e Television (HRT), de Zagreb: “A seleção croata
tem muitos jogadores de qualidade individual, como Mandzukic, Modric
e Rakitic. Chegar a uma Copa tendo um time com grandes jogadores é
algo muito especial para a história do futebol croata. O treinador
Niko Kovac conseguiu reunir estas individualidades e dar a elas um
espírito coletivo de equipe”.
Convocados
Goleiros: Stipe Pletikosa (Rostov/RUS), Danijel Subasic (Monaco/FRA), Oliver Zelenika (Dinamo Zagreb).
Defensores: Darijo Srna (Shakhtar
Donetsk/UCR), Dejan Lovren (Southampton/ING), Vedran Corluka
(Lokomotiv Moscou/RUS), Gordon Schildenfeld (Panathinaikos/GRE),
Danijel Pranjic (Panathinaikos/GRE), Domagoj Vida (Dynamo Kiev/UCR),
Sime Vrsaljko (Genoa/ITA), Igor Bubnjic (Udinese/ITA).
Meias: Luka Modric (Real Madrid/ESP),
Ivan Rakitic (Sevilla/ESP), Ognjen Vukojevic (Dynamo Kiev/UCR), Ivan
Perisic (Wolfsburg/ALE), Mateo Kovacic (Inter de Milão/ITA), Milan
Badelj (Hamburgo/ALE),Marcelo Brozovic (Dinamo Zagreb), Ivan Mocinic
(Rijeka), Mario Pasalic (Hajduk Split), Sammir (Getafe/ESP).
Atacantes: Mario Mandzukic (Bayern
Munich/ALE), Ivica Olic (Wolfsburg/ALE), Eduardo da Silva (Shakhtar
Donetsk/UCR), Nikica Jelavic (Hull City/ING), Ante Rebic
(Fiorentina/ITA), Duje Cop (Dinamo Zagreb).
A Seleção
Escalação: Pletikosa; Srna, Corluka,
Lovren e Pranjic; Rakitic, Modric, Olic, Kovacic e Perisic;
Mandzukic.
A Croácia é definida com o esquema da
moda, o 4-2-3-1, mas pode variar seu desenho tático para o 4-4-2,
com isso o brasileiro naturalizado croata, Eduardo da Silva, pode
ganhar espaço entre os titulares, na vaga do meia centralizado
Kovacic, formando duas linhas de quatro com Da Silva e Mandzukic no
comando de ataque. Em situações que a seleção croata necessitar
se expor o brasileiro entra no lugar de Olic, jogando aberto pela
esquerda e formando um eventual 4-3-3.
Dentro do seu esquema mais provável,
com uma linha de três meias atrás do centroavante Mandzukic, a
Croácia, ao contrário do que muitos pensam não tem forte rigidez
tática. É uma seleção ofensivamente leve, dinâmica e com boas
opções.
A cabeça de área, com Rakitic,
normalmente como primeiro volante, e Modric, é uma faca de dois
gumes. O ponto positivo é a fluência e ótima transição ofensiva
que a dupla proporciona - com categoria digna de grandes seleções.
O outro ponto que deve-se atentar é a falta de um homem com maior
força no momento em que a equipe precisar destruir o jogo
adversário. Os dois jogam de maneira muito ofensiva e,
principalmente Rakitic, em posição mais adiantada em seus clubes.
O goleiro Pletikosa não é uma das
referências da equipe e a zaga traz alguma dor de cabeça ao técnico
Niko Kovac. Sem Simunic suspenso, Lovren ganhou a vaga de titular ao
lado de Coluka, mas o miolo da defesa ainda é bom de cabeça e
lento. O lateral direito Srna é o mais consistente, diferente de
Pranjic pela esquerda, que construiu sua carreira como meia e hoje
sofre defensivamente na lateral. Será preciso equilíbrio e
coordenação aos laterais nas subidas ao ataque e compactação com
meio de campo para o time jogar posicionado e não correndo atrás do
adversário, até por isso a seleção da Croácia adota posturas
defensivas em certas partidas.
Seleção croata chega ao Brasil querendo novamente surpreender o mundo em uma copa (Foto: Johannsson/Reuters) |
"É uma equipe que, contrariando a
tradição das seleções que foram originadas do desmembramento da
antiga Iuguslávia, é mais defensiva. Os jogadores dessa região do
mundo são muito conhecidos pela técnica apurada. É uma seleção
que joga com o perfil defensivo, mas tem jogadores talentosos. O
Modric é o principal deles. E o Mandzukic é um dos destaques entre
os atacantes europeus nas últimas temporadas. Muito rápido,
definidor, de um posicionamento corretíssimo dentro da área. Ele
tem muito talento para isso. Ele resolve rápido, um definidor",
afirmou o comentarista dos canais SporTv, Maurício Noriega.
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